domingo, 11 de dezembro de 2011

Vem aí o E-Jet EV da Embraer

Após muita especulação, a Embraer recentemente anunciou que iria remotorizar o E-Jet. A empresa chegou a avaliar a possibilidade de desenvolver um novo jato na categoria de 130 a 160 assentos, mas descartou a hipótese após avaliar que os custos e riscos envolvidos no desenvolvimento de um jato totalmente novo, aliados ao fato que bateria de frente com concorrentes de peso como o Airbus A320neo, Boeing 737 Max e o Bombardier Cseries, eram muito altos. Eduardo Munhos de Campos, vice-presidente de Marketing para a América Latina e o Caribe, revelou que a decisão tomada pela Airbus e pela Boeing, a de remotorizar seus jatos, pesou na escolha da Embraer. Segundo o executivo, além de se tratar de uma solução cuja relação custo-benefício é financeiramente mais atraente, o sucesso avassalador dos jatos remotorizados, particularmente o do A320neo, é um sinal claro que o mercado aceitou a solução das grandes construtoras e as companhias aéreas parecem estar contentes. Além de utilizar-se dos novos motores GTF, a família E-Jet EV ainda deve trazer novidades no que toca a superfície metálica da fuselagem. A Embraer também não descarta empregar novas tecnologias com compósitos, semelhante ao que a Boeing desenvolveu para o 787Dreamliner. Finalmente ainda existe a possibilidade de atualizar o desenho das asas. Tais novidades, poderiam inclusive permitir esticar a fuselagem, desenvolvendo um novo irmão na família, ligeiramente mais comprido que o atual Embraer 195. Analistas do setor avaliam que a decisão da Embraer de remotorizar seus jatos e não entrar em concorrência direta com a Airbus, Boeing e Bombardier com um novo jato maior é acertada. Segundo o vice-presidente de análises do Grupo Teal, Richard Aboulafia, o E-Jet EV "vai destruir o CS100, prejudicar o CS300, e pode inclusive impactar as vendas do 737-7 e do A319neo. Até o Embraer 190 possui um peso médio por assento inferior ao CS100. Junte a isso que com um motor semelhante a performance do novo jato será ainda melhor - e com um alcance semelhante - e não existem mais argumentos a favor do Cseries da Bombardier". Ainda de acordo com Aboulafia, a única vantagem do CSeries sobre o E-Jet EV é o tempo: o jato da Bombardier deve entrar em serviço em 2013. Apesar disso, já existem indícios que o programa do CSeries deve sofrer atrasos. O E-Jet remotorizado da Embraer deve entrar em serviço no fim de 2017 ou começo de 2018. Até o começo do próximo ano, a empresa com sede em São José dos Campos espera finalizar as diretrizes estratégicas da família E-Jet EV. A Embraer afirma que apenas a remotorização vai reduzir o consumo de combustível em "algo em torno de 15%". Apesar da atual família da CFM International ser a fornecedora exclusiva de motores da atual família E-Jet, a Embraer não descarta utilizar um derivado do PW1000G da Pratt & Whitney. Diversas empresas aéreas já demonstraram interesse pelo E-Jet EV, entre elas a brasileira Azul que não descarta encomendar o jato remotorizado. 



Fonte: Jetsite
Img: Navegaspotter

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